Segundo dia de "Cais de Fado"

Mais uma vez, entre amigos, desfrutei de um fim de tarde repleto de sabor. Optei por uma prova de vinhos no Espaço Porto Cruz com degustação de queijos ou chocolates onde nos foi cuidadosamente explicado como degustar o vinho do Porto, desde o pegar do copo, ao cheirar, sorver e saborear, toda uma ciência para mim ainda por descobrir. A simpatia, disponibilidade e conhecimento da responsável pela prova acicatou em mim o desejo de aprofundar a arte da enologia. Desde o Porto Cruz Branco, na companhia de maravilhosos produtos nacionais, até ao auge da visita com o saborear de um Vintage de 1989, no terraço com vista panorâmica ao som de um “Fado Violado”, tudo funcionou na perfeição.







Para jantar, um piquenique debaixo da vinha, nas caves da Cokburn’s. Uma cesta de piquenique de palha que nos remonta à infância e aos piqueniques de verão, repletas de sabores e cheiros tradicionais preparados com o cuidado da Mercearia das Flores. A selecção incluía pão rústico, presunto alentejano, queijo de Borba, azeitonas e tomates cereja biológicos, paté de sardinha, batatas fritas de trás-os-montes e um bom copo de Altano Branco. Para finalizar, os doces conventuais, um quadrado de chocolate com nozes e um Porto da casa. Um serão descontraído, com boa comida, bom vinho, boa disposição são seguramente ingredientes para um momento memorável.
Fico feliz por ao longo destes dois dias reforçar esta ideia de que gostamos do que é nosso, desta onda de Portugalidade, de ver os portugueses a ouvir Fado, a comprar produtos regionais, a abrir lojas repletas de Portugal, dos seus cheiros e sabores.






Já tardios, rumamos à Serra do Pilar numa descoberta de novos caminhos, vielas e escadarias recatadas, com vistas extraordinárias das caves majestosas e graníticas, sempre na companhia da outra margem numa vertente até então desconhecida.


Chegados à Serra do Pilar e seu mosteiro, foi a vez da Mariza e do seu fado mestiço, como ela própria o descreve, cantarem a alma de um Povo, o nosso, aquele que é do Mundo, porque o descobriu e porque se misturou dando e recebendo cultura, tradição, valores, dialetos, criando assim a lusofonia. Fado é lusofonia.




“…Andei pelo mundo fora
E não via a hora
De voltar para ti…

…Vou pedir ao tempo
Que me dê mais tempo, para olhar para ti
De agora em diante, não serei distante
Eu vou estar aqui…”

Quando mais vivo esta cidade mais me sinto “Gente da Minha Terra”.

"É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra
Por mais que seja negado
Às cordas de uma guitarra

Sempre que se ouve o gemido
De uma guitarra a cantar
Fica-se logo perdido
Com vontade de chorar

Ó gente da minha terra
Agora é que eu percebi
Esta tristeza que trago
Foi de vós que recebi"




 

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Com este espaço virtual pretendo partilhar contigo o que são para mim os grandes prazeres da vida: O mundo das viagens, da leitura, da música e dos sabores.No fundo seguir um sonho...ser interessante. Vais encontrar aqui um espaço positivo, construtivo e de partilha, até dos nossos amigos. Aqui está o meu mundo...O Mundo no teu prato agora...Vive-o!